Conhece as Lendas Urbanas da ILHA DO GOVERNADOR?
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As chamadas lendas urbanas ocorrem quando um relato que não tem comprovação histórica é passado de pessoa a pessoa e até de geração e geração sendo visto como uma verdade. De tanto as pessoas ouvirem essas narrativas as coloca como verdadeiras, mas não são.
A Ilha tem muitos casos desse tipo. Inicio com a questão de muitos afirmarem que as Palmeiras imperiais da Praia da Bica e da Praça Calcutá foram plantadas no período do século XIX pela Família Real. É lenda! Nos dois casos elas foram plantadas ao longo do século XX, principalmente após a década de 1920. Temos fotos dessa época que mostram a praia sem as palmeiras e outras com as mesmas ainda pequenas.
Outra lenda urbana que é bem conhecida é o fato da estátua do felino que se encontra sobre uma rocha no final da Praia da Guanabara ser uma Onça Pintada. É lenda! Trata-se de um Gato Maracajá que é parte de uma história (com muitas versões) de uma nativa Temiminó que teve um fim trágico e seu gato morreu a sua espera sobre a rocha. A estátua foi colocada naquele local em 1937 por conta de um grupo de moradores, entre eles o Comendador Bastos.
Também há a ideia que o painel de azulejo na fachada da Escola Municipal Anita Garibaldi foi feito por Portinari… É lenda! O autor é Rosthan Faria, o arquiteto responsável pela obra da escola inaugurada em 1954. Atualmente vemos o referido painel precisando de reformas urgentes.
Há muitos insulanos que pensam que Ia Iá Garcia foi nascida ou moradora da Ilha e, por isso, seu nome foi atribuído a uma Praça na Ribeira… É lenda! Sabia que ela é uma personagem de um livro de Machado de Assis, publicado em 1878? Interessante é entender o motivo das autoridades em modificar o nome da Praça, que já era bem conhecido dos insulanos (Praça Djalma Dutra).
Há tantas narrativas sobre o Canhão da Ponta do Tiro, sendo ele usado nas lutas de franceses e portugueses no século XVI ou que ele foi colocado ali para proteção da Ilha no período colonial e imperial… É lenda outra urbana! Ele remonta do final do século XIX e foi colocado ali no século XX por motivo escolar, para ajudar uma escola na proximidade em realizar eventos cívicos com seus estudantes.
Sobre o busto de Carmem Miranda, no Jardim Guanabara, é lenda dizer que ela nasceu ou morou na Ilha. Esse busto foi uma homenagem feita a ela, sendo instalado no local em 1979.
Temos ainda outros monumentos que são motivos de lendas urbanas: a Mãe D’água (Iara) de frente à Capela Imperial é uma divindade Tupi-Guarani e não uma referência a Maria Santíssima ou a Índia referente ao fato do gato na pedra… E o busto a Castro Alves em Praça no Tauá, que já foi confundido com inúmeras personalidades, por ele não ter uma placa de identificação. Esse problema também ocorre em muitas praças e monumentos, os quais precisam de placas de identificação, totem explicativo e um QR-Code para também evitar interpretações equivocadas de moradores e visitantes.
Outra lenda é pensar que o bairro do Zumbi tem esse nome por conta de relatos fantasmagóricos antigos na região ou que é uma homenagem ao líder quilombola Zumbi dos Palmares. Os relatos até existem, porém o nome provém do termo Tupi “THUMBY” (curva sinuosa / cintura feminina) vindo do traçado da sua praia.
Há outras lendas urbanas insulanas. Caso você conheça outros casos, por favor, nos informe pelo Instagram! Esse tema merece uma “parte 02”. Viva a Ilha! Em 2022 completaremos 455 anos de muitas histórias por todos os lados!