Qual é o nome do barão da praia do Barão, da Ilha do Governador?

VOCÊ CONHECE O BARÃO QUE DÁ NOME À PRAIA DO BARÃO?

Na Ilha do Governador há muitas referências a uma pessoa: o Barão de Capanema, Guilherme Schüch (1824-1908), o qual foi um importante foi engenheiro, físico, geólogo, botânico e químico. Ao longo do século XIX foi amplamente conhecido no Rio de Janeiro e em todo o Brasil.
Inicialmente é importante compreender como funcionava o Brasil no século XIX. O país era um grande agroexportador de Café e outros produtos agrícolas como o algodão, o fumo, a laranja, a borracha, a Cana-de-Açúcar… Assim, preservar a lavoura era um ponto central para manter essa economia em pleno funcionamento.
Contudo, um grande problema atravessou os planos: a Formiga Saúva. Isso mesmo! A formiga agredia cada vez mais as plantações e destruía a produção. Essa frase do personagem Policarpo Quaresma: “ou o Brasil mata a saúva ou a saúva mata o Brasil”, do autor Lima Barreto, traduz bem essa gravidade. Tal problema era amplamente debatido e uma solução se fazia urgente.
Por conta dessa situação, Guilherme pesquisou e desenvolveu um formicida (veneno a base de Bissulfeto de Carbono – combinando enxofre e carvão mineral através de altas temperaturas), criando assim o Formicida Capanema, considerado bastante eficaz em seu tempo. Entenda que esse produto era algo novo e sabemos que houveram muitas pessoas doentes por conta de seu manuseio e produção.
Pelo Decreto nº 5357, de 23 de julho de 1873, garante o privilégio para a produção de dissulfeto de carbono, comercializado sob o nome de “Formicida Capanema”. Por seus feitos, ele recebeu o título de Barão em 26 de fevereiro de 1881 por decreto de D. Pedro II.
O formicida foi tão bem aceito que ele chegou a ser levado até nas grandes Exposições Universais representando o Brasil nos EUA e Europa. Mas por que a Ilha aparece nesse cenário?
Bem, Capanema estabeleceu uma fábrica para a produção de seu formicida nas imediações da Praia do Barão, sendo a primeira do ramo na Ilha. O produto era vendido em latas de 5 litros. O Barão também possuía outros terremos na região. Próximo da fábrica estava sua residência.
Daí se espalhar esse termo “Praia do Barão”. E é a ele a homenagem na Rua Capanema, no bairro do Tauá.
Tempos depois outras empresas criaram fábricas de formicidas na Praia da Bandeira, Freguesia e Pitangueiras.

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